[ breviário de decomposição ]

sábado, 8 de julho de 2006

Notas Pungentes




Esta semana descobri que além de Stressdoron, Verotina e Passaneuro, ela agora está tomando Diazepan. E só dorme após tomar um Dramin. Tudo isso escondido. Ela confessou certa vez, durante uma de nossas discussões, que vinha fazendo isso e que eu nem sabia... Como poderia saber? Ela se encapsulou e me culpou por isso? Pedi tanto para que parasse com isso... Pedi tanto pra que procurássemos ajuda...

Notas encontradas esta tarde num bloco dela, dentro de uma das bolsas que usa, escondida no guarda-roupas:

- Armário p/ vassouras
- Armário p/ cozinha
- filtro c/ água gelada
- Armário p/ banheiro
- Guarda-roupa
- Sapateira p/ bijouterias
- Som
- DVD
- Suggar
- Armário p/ microondas
- Mesa p/ home office
- Estante para bijouterias

Dentro do tal bloco de notas também havia um recibo no valor de R$ 1.800,00 (R$ 1.500 líquidos), relativo à (suposta) prestação de serviços, como instrutora de informárica de uma empresa do ramo. Descobri, pelo CNPJ que a tal empresa está situada no Setor Sudoeste. Ela tem uma prima que tem uma empresa dessas exatamente lá. Não é preciso ser gênio para deduzir que foi ela quem forneceu o tal recibo.

Não encontei mais nem nas bolsas nem entre as suas coisas a tal minuta de contrato de locação de uma kitinete na 108N. Mas achei entre aqueles papéis uma anotação do nome e telefone de uma moça da imobiliária (da P.O.).

Ontem à noite ela recebeu uma ligação no celular. Estávamos do quatro, vendo TV. Ela atendeu saiu para falar. Pude ouvir uma voz masculina. Não sei ainda quem era, mas ouvi ela falando algo do tipo: "... nao, está quase pronto... Falta apenas ele entregar a chave...". Com quem ela falava? Sobre o conversavam? Seria sobre a kitinete?

Juntando mais essas peças do quebra-cabeças, posso concluir que o "dia D" deve estar próximo.

Neste momento ela está na casa da Luciana, que faz aniversário hoje. Estão comemorando. Saiu pra lá por volta das 19:00h. Fui deixá-la. Quando terminou de se aprontou perguntou-me se eu iria também, mas fez questão de frisar que se eu fosse, a não ser por Eune, cunhado de Luciana, seria o único homem da festa. Disse ainda que Eune só iria após as 22:00h, ao sair da locadora. Então se eu quisesse ir, que fosse pra locadora por volta das 21:00h para ir com ele. Em suma, foi um recado para não que eu não fosse mesmo. A propósito, nessa última mexida feita há pouco na bolsa descobri que ela levou os cigarros que eu havia visto lá mais cedo. Putz...

Estava morrendo de vontade de tirar cópia de todos aqueles papéis que falei há pouco. Enrolei, enrolei e acabei não indo. Acho que somente iria encontrar uma fotocopiadora no shopping. Mas estava desanimado, com uma baita enxaqueca, então preferi não sair de casa. Nem pra tirar as cópias, nem pra ir pro aniversário. Até agora ela seque ligou pra saber se realmente eu iria ou não. Puro descaso; prova de que não faço falta. Estou cheio de tudo isso. Foi irônico que nesta tarde eu tenha visto (em parte) na TNT o filme Quando um Homem Ama uma Mulher (EUA, 1994, digido por Luis Mandoky, com Andy Garcia e Meg Ryan). Nessa crise, vinha agindo como o personagem interpretdo por Garcia, mas ela simplesmente estragou tudo. Jogou cal sobre os meus sentimentos, sobre o que eu sentia por ela, sbore as nossas vidas. #