[ breviário de decomposição ]

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Uma janela para o mundo


Window, fotografia de Nan Goldin. Mais, aqui.
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"Espero. Um tempo sem tempo sem hora só mistério de quando vai chegar. Espero e na espera a saudade é mero detalhe os portões esgarçados as vestes puídas a pele espessada. Espero em Laguz, o feliz no final, como todo o desfecho que se preze. E ser assim é ser é calmaria depois e dentro e antes da tormenta. É desimportar da tempestade. É oferenda de quem já entregou da vida um tudo e hoje é: Espera. Porque a vontade é um cais vazio, enquanto a nau não aporta. Provisório, como a paixão o tempo a felicidade a verdade. Porque a vida sem chances é uma vida morta. E somos muito vivos. Espero. Porque de nada adiantam as fugas as ladainhas as hipocrisias as perversões que jamais se demoraram eternamente. Que jamais te deram um ínfimo do que sei que queres. Espero porque toda mentira é vil, e sendo assim, a luz chega e fica. Um dia. Quando não mais será preciso: A espera."#

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