[ breviário de decomposição ]

terça-feira, 13 de junho de 2006

Dia dos Namorados?


Ontem, segunda-feira, foi o Dia dos Namorados. Isto, é: o foi para a quase totalidade das pessoas quem tem um(a) namorada(o) ou esposo(a). Embora eu possua uma esposa, e ontem tenha sido uma data simbolicamente importatante, para mim foi mais um dia de frustração e amargura. Como na véspera, domingo, não tive saco, ânimo ou disposição pra sair de casa e ir a um Shopping, embora até houvesse feito planos disso, pensei em, na segunda-feira, sair mais cêdo para o trabalho, passar numa floricultura e comprar o buquê de flores mais bonito que houvesse para dar para ela. E foi o que eu fiz. Pedi para ser entregue às 14:00h, pouco depois de eu ter voltado do almoço para o escritório. Aguardei ansiosamente por um telefonema dela durante toda a tarde. Nada feito. Já sentia uma grande e dolorosa decepção antes de sair ao fim da tarde após mais um dia de expediente... Cheguei um pouco tarde, pois ante de voltar pra casa resolvei passar na Livraria Cultura e comprar uns livros, além do que tive de ir ao supermercado fazer umas compras a pedido dela. A solicitação veio via mensagem do celular. Vi encoberto pela sombra da sala escura o buquê depositado sobre a mesa de canto. Jantei e fui dormir (aliás, dormi nessa noite mal pra caramba...) suportando em pranto o peso de uma tormentosa desilusão. Durante TODO o dia ela não tocou no assunto. Não recebi um beijo, não recebi um abraço, não recebi uma só palavra ou gesto de carinho. Não recebi qualquer demonstração de amor ou apreço. Não tive uma noite de amor como imagino de todos os amantes ou casais tiveram nesse dia. Só tive desprezo. Só tive direito de sentir a minha dor. E como doeu... e como dói! (Unmade Bed, foto de Lilo Raymond). #