[ breviário de decomposição ]

sábado, 30 de dezembro de 2006

Lady Day


Billie Holiday (1915-1959), Lady Day para os fãs, considerada por muitos a maior de todas as cantoras do jazz, foi acima de tudo uma intérprete, não uma acrobata vocal. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, era insuperável cantando baladas. Suas interpretações eram elegantes e despojadas, e no entanto conseguiam transmitir grande dramaticidade. Billie trabalhou com os melhores instrumentistas de sua época, e teve uma colaboração particularmente criativa com o saxtenorista Lester Young. Teve uma mocidade difícil e uma vida pessoal muito conturbada, vivendo sempre no olho de um furacão de problemas, o que finalmente causou a deterioração de sua voz nos últimos anos, embora sua expressividade tenha se mantido intacta. (Ejazz).#

Quem não gostaria de dormir embalado pela sua voz doce e amendoada? O gosto do uísque ainda na boca, o persistente cheiro da fumaça do charuto que ainda teima em queimar sobre o cinzeiro, impregnado no quarto. E você, só você, nada mais, aqui comigo. Sussurra, meu amor, sussurra pra mim... "I'm a fool to want you... I'm a fool to want you... To want a love that can't be true... A love that's there for others too...". Quero dormir ouvindo, ouvindo baixinho você cantar... "Take me back, I love you...I need you...". Um sonho. Mas preciso tanto de você, e... e você em imagina o quanto... Ou nem se importa. Que pena! As coisas poderiam ter sido diferentes. Muito. Faltou o que? Não sei, não sei... Mas também não consigo parar de pensar nisso. Fantasmas me perseguem e não consigo viver... ou morrer...#

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