[ breviário de decomposição ]

quarta-feira, 24 de maio de 2006

"Fragments d'un Journal Intime"

Já me preparava para desligar a TV, interrompendo a exibição de Conan, o Bárbaro (que está na minha lista top de compras...), pela Rede 21 (filme que assisti faz mais de 20 anos, com certeza...), me entregando aos braços de Morpheus, quando me deparei com essa pequena pérola capturada meio que sem querer na web, nos aquivos do blog Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo (título surpreendentemente inventivo e conteúdo idem, mas parece ter sido abandonado pelo seu autor...), um excerto extraído dos "Fragments d'un Journal Intime", de Henri-Frédéric Amiel:
"Esqueço-me por longo tempo nas esferas inferiores, mas é somente nas altas montanhas da contemplação que eu me sinto o que realmente sou. Pontífice da vida infinita, brâmane adorador dos destinos, onda calma que reflete e condensa os raios do universo; contemplação, numa palavra, eis o que me atrai. ' Ser senhor de mim próprio como do universo' , ser a consciência de tudo e de mim mesmo, e simbolizá-la para outrem pela palavra em alguma obra imponente e solitária. E por quereres atribuir demasiado direito ao particular, ao finito, ao contingente, tu te perdes, e cais dos cimos eternos." [Excerto de Genebra, 3 de março de 1849].
Há uma página na net, em português, dedicada a Amiel. Para acessá-la, cique aqui.