[ breviário de decomposição ]

terça-feira, 22 de abril de 2008

Filme com homem preso no elevador vira febre na internet


Um vídeo mostrando a história real de Nicholas White, gerente de produção que trabalha no prédio da McGraw-Hill, em Nova York, virou febre na internet e já foi visto mais de 600 mil vezes, após sua história ter sido publicada na revista The New Yorker desta semana. White ficou 41 horas preso em um elevador do prédio.


Music: “The Storm Begins,” by Jennifer Haines.

Numa sexta-feira, ele havia descido ao térreo para fumar e ao voltar ao escritório, que fica no 43º andar, sentiu um tranco, indicado a pane no elevador.

Ao acionar o botão de emergência, ele percebeu que a saída não seria tão fácil já que o equipamento estava parado entre dois andares. Funcionário exemplar, White não quis danificar o elevador na tentativa do escapar da situação claustrofóbica. Também não quis fumar. Para piorar, o funcionário estava sem relógio e sem celular e, por isso, ficou sem comunicação durante as longa horas em que ficou preso.

O barulho constante do alarme fez com ele começasse a ter alucionações auditivas. No vídeo, White é visto algumas vezes sentado ou deitado em posição fetal, à espera do resgate. Depois de horas de agonia, ele chegou a pensar que iria morrer. Só foi resgatado dois dias depois, na segunda-feira.

Por Yahoo! Notícias.

segunda-feira, 21 de abril de 2008


USA. Nevada. Reno. Arthur Miller and Marilyn Monroe were already separated but nevertheless worked together on The Misfits.

"To take pictures had become a necessity and I did not want to forgo it for anything." Inge Morath.


fotos e filmes históricos podem ser vistos no especial que a agência Magnum Photos preparou para comemorar o seus 60 anos. Clique aqui. Tudo bem, isso foi no ano passado, mas a força que emana das lentes dos seus fotógrafos em todo esse tempo por certo impressionam.#

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Pintura para Peixes (2008), de Rodrigo Andrade, exposto em São Paulo. Foto: Divulgação.

a vida e o mundo se apresentam assim, limitados a uma esfera ôca. as paredes de vidro dão mostras de um universo externo translúcido, reluzente, tentador, cheio de armadilhas... mas inalcançável diante do claustro. ainda bem que respiro sob a água.#

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domingo, 20 de abril de 2008


Enquanto saboreava o meu breakfest num café da minha quadra, li uma interessante matéria de Arthur Dapieve publicada na Bravo! deste mês, chamada A volta do discão de plástico preto.

ali são apresentadas aos leitores algumas contradições: aqueles que sentenciavam em fins da década de 1980 a morte disco de vinil vêem embasbacados menos de 20 anos depois a derrocada do cd (e da indústria fonográfica) diante de tecnologias proporcionadas pela internet, como o mp3 e outros formatos disponíveis para download a um simples clique do computador. e mais: tal qual a fênix, o vinil vem resurgindo das cinzas...

até bem pouco tempo, apenas era possível encontrá-los em sebos e o seu uso, afora colecionados e aficionados, era praticamente restrito a festas regadas por dj's de eletrônica e hip-hop. mas uma reviravolta é anunciada. assim, não soa tão estranho que ontem num passeio à livraria cultura eu tenha visto expostos com destaque exemplares importados (é claro) dos vinis do radiohead (in rainbows), amy winehouse (back to black), duke elington & john coltraine (idem), e outros.

calma! muita calma nessa hora... isso não significa que teremos da noite para o dia as lojas infestadas de lançamentos em vinil não. o mercado ainda é muito pequeno, os custos de produção do velho lp são bastante elevados, incomparáveis em escala com os do cd. por enquanto, só nomes de muito destaque e público fiel têm cacife para ter seus álbuns assim prensados. a agonizante indústria fonográfica é terrível, e além disso os antigos lps, injustamente associados a uma tecnologia obsoleta, possuem um público alvo muito específico, mas incompatíveis com a demanda que, embora crescente, por óbvio é e continuará sendo muito restrita.

afinal de contas, pela portabilidade, individualidade egoísta (que permeia a sociedade nos dias de hoje) e apelo mercadológico, na conjuntura atual não se vislumbra tão cedo o ocaso do mp3 e do ipod (que cá entre nós são mesmo uma gracinha). de toda sorte, ainda bem que minhã mãe não jogou fora o velho toca-discos gradiente que ela tem em casa. qualquer dia desses vou convencê-la a despachá-lo pra cá, pois depois de uma boa revisão ele certamente funcionaria muito bem!

a propósito, sabiam que hoje é Dia do Disco? E o Flickr nos proporciona maravilhas do tipo fazer uma inventiva viagem pictórica por entre as capas de bolachões no saleveface ou ver as piores capas de disco de todos os tempos no reallybadcoverart.#

quarta-feira, 16 de abril de 2008

headache


por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que não passa? por que...?#

sábado, 12 de abril de 2008

i close both locks below the window
i close both blinds and turn away
sometimes solutions aren't so simple
sometimes goodbye's the only way

and the sun will set for you
the sun will set for you
and the shadow of the day
will embrace the world in grey
and the sun will set for you

pink cards and flowers on your window
your friends all plead for you to stay
sometimes beginnings aren't so simple
sometimes goodbye's the only way

and the sun will set for you
the sun will set for you
and the shadow of the day
will embrace the world in grey
and the sun will set for you

and the shadow of the day
will embrace the world in grey
and the sun will set for you

and the shadow of the day
will embrace the world in grey
and the sun will set for you

shadow of the day, linkin park


sondra locke como “mick kelly” na rara adaptação de “the heart is a lonely hunter”

J’ai fait tant de projet qui sont restés en l’air
J’ai fondé tant d’espoirs qui se sont envolés


na concha de azulejos do banheiro, nos vapores, tenho os contornos do rosto amolecidos no espelho acima da pia, frascos, perfumes, comprimidos, esguicho água com os dentes na imagem borrada no espelho e lembro 1996. ainda ontem eu tinha 20 anos blue e olhava os mesmos olhos de cor irritante. elis é meio chata eu pensei, mas gostei de escutar ela cantando golden slumbers enquanto rodava a banca de revistas do aeroporto. sempre que viajo para cidades litorâneas gosto de ver a aterrissagem nas terras que se parecem com as silhuetas de grandes preguiçosos répteis crocodilos meio banhados pelas águas verde escuras. que gosto mais de impressão que não distorça no magenta. gosto da repetição quando ela é freqüência. dos substantivos femininos muito embora os masculinos sejam mais fáceis. gosto mais do relógio analógico antigo arcaico, não por resistência ao novo, mas pela fascinação da física que estes necessariamente empregam. gosto mais das curvas. nos sons, nas urgências, nos apertos, nas fronteiras, na natureza. gosto das sobreposições, sucessões, evoluções. mas também dos declínios, das sonolências, dos envelhecimentos. gosto ainda de falar dessas coisas para as quais nem sempre há destinatários. estas conficções de sempre.

(*) texto do jornalista marco godim, publicado em 23.08.2007 no seu falecido blog instructions on how to leave a hotel room (era bom pra cachorro, mas foi pro beleléu).

sexta-feira, 11 de abril de 2008

hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
nem que seja só pra te levar pra casa
depois de um dia normal
olhar teus olhos de promessas fáceis
e te beijar a boca de um jeito que te faça rir

hoje eu preciso te abraçar
sentir teu cheiro de roupa limpa
pra esquecer os meus anseios e dormir em paz

hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
em estar vivo

hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
me dizendo que eu sou causador da tua insônia
que eu faço tudo errado sempre

hoje preciso de você
com qualquer humor, com qualquer sorriso
hoje só tua presença
vai me deixar feliz
só hoje
só hoje, jota quest.

terça-feira, 1 de abril de 2008



"eu só queria que essa gestalt se fechasse. mas parece que ela não se completa nunca... mesmo com as minhas tentativas vãs de unir as pontas com superbonder ou durepox. não adianta. vira e mexe e o desenho não termina - acontece que de vez em quando me engano e aí eu acho que o quadro está pronto, mas sempre falta um retoque e mais outra demão de verniz (será que 'basta um verniz para ser feliz', como dizia mirisola?).

eu tento mudar os móveis de lugar, mas tudo volta a ser como sempre foi... de um jeito quase místico, na manhã seguinte a velha poltrona retorna ao seu lugar original. 'but i can't move on'...

e então, como nada muda - a despeito dos meus desejos, isso que ficou aqui é tudo o que eu tenho, é tudo o que me resta. as possibilidades são infinitas, ela me disse. E eu concordo, mas não agora. As probabilidades brincam comigo e eu não tenho outra alternativa a não ser remoer meus fracassos e minhas ilusões perdidas. paradoxo: as perdas são os meus caros troféis. E o remorso vira paisagem na estante, até que um dia a gestalt se funda nela mesma para finalmente me deixar em paz (...)"

uma certa bruxa de ravena...


pensamentos são como caminhos: às vezes se cruzam, minha querida... cada um a seu modo, mas parece que não estamos assim tão dispersos. pelo menos, parece.