segunda-feira, 26 de novembro de 2007
and so it is
just like you said it would be
life goes easy on me
most of the time
and so it is
the shorter story
no love no glory
no hero in her skies
i can't take my eyes off of you
and so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time
and so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial
i can't take my eyes off of you
did I say that I loathe you?
did I say that I want to
leave it all behind?
i can't take my mind off of you
my mind
'til I find somebody new
just like you said it would be
life goes easy on me
most of the time
and so it is
the shorter story
no love no glory
no hero in her skies
i can't take my eyes off of you
and so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time
and so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial
i can't take my eyes off of you
did I say that I loathe you?
did I say that I want to
leave it all behind?
i can't take my mind off of you
my mind
'til I find somebody new
the blower's daughter, damien rice.
๑۩۞۩๑
é, minha querida, você veio a mim como a filha do vento... será que realmente é esse o papel que a existência terá reservado para você na minha vida? uma brisa perdida que passou para nunca mais voltar? não sei, quem de fato saberá?... cá estou eu aqui, tomando a nossa cerveja preferida enquanto divago absorto em ti e sinto meus pensamentos fluírem, perdidos, dançando ao sabor do tempo enquanto pingos de chuva beijam o chão, esfriando complacentemente a madrugada mais do que a minha alma... consegues dormir? eu, não. defintitivamente, não.#
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
in last saturday, terminei de assistir Babel (Babel, França/USA/México, 2006), de Alejandro González Iñárritu. assisti Elefante (Elephant, USA, 2003), dirigido por Gus Van Sant, e ainda, Crash - No Limite (Crash, USA/Alemanha, 2004), de Paul Haggis. no domingo foi a vez de Closer - Perto Demais (Closer, USA, 2004), de Mike Nichols. todos excelentes filmes.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
See the stone set in your eyes
See the thorn twist in your side.
I wait for you.
Sleight of hand and twist of fate
On a bed of nails she makes me wait
And I wait without you
With or without you
With or without you.
Through the storm, we reach the shore
You gave it all but I want more
And I'm waiting for you
With or without you
With or without you.
I can't live with or without you.
And you give yourself away
And you give yourself away
And you give, and you give
And you give yourself away.
My hands are tied, my body bruised
She got me with nothing to win
And nothing else to lose.
And you give yourself away
And you give yourself away
And you give, and you give
And you give yourself away.
With or without you
With or without you
I can't live
With or without you.
With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you.
See the thorn twist in your side.
I wait for you.
Sleight of hand and twist of fate
On a bed of nails she makes me wait
And I wait without you
With or without you
With or without you.
Through the storm, we reach the shore
You gave it all but I want more
And I'm waiting for you
With or without you
With or without you.
I can't live with or without you.
And you give yourself away
And you give yourself away
And you give, and you give
And you give yourself away.
My hands are tied, my body bruised
She got me with nothing to win
And nothing else to lose.
And you give yourself away
And you give yourself away
And you give, and you give
And you give yourself away.
With or without you
With or without you
I can't live
With or without you.
With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you.
With or Without You, U2.
๑۩۞۩๑
fim de noite, madrugada... e é assim que eu termino... apesar da espera, sem você.#
reconstruction
ontem assisti em DVD Reconstrução de um Amor (Reconstruction, Dinamarca, 2003), dirigido por Christoffer Boe. No elenco, Nikolaj Lie Kass, Maria Bonnevie, Krister Henriksson, Nicolas Bro, Peter Steen, Ida Dwinger, Malene Schwartz, Helle Fagralid. o filme impressiona bastante pela forma como é apresentado, pelo transcurso da narrativa, pela câmera e seu movimento. boa atuação. mas, para os incautos, é um exercício raro de raciocínio. e faz pensar. o interessante é que enquanto o assistia, vinha-me aquela sensação de déjà vu. vá lá entender...
encontrei avaliações que valem a pena ser lidas no CINE DEMA(I)S, na REDE DE LETRAS da Estácio de Sá, na Superinteressante e no Indignado.#
encontrei avaliações que valem a pena ser lidas no CINE DEMA(I)S, na REDE DE LETRAS da Estácio de Sá, na Superinteressante e no Indignado.#
Marcadores: Filmes
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
até sempre meu amor
Love Transcends, Christopher Lovely, 2006.
"– Meu amor, guardo-te ainda em mim, com a doce memória de quem te deseja em segredo. Queria-te mas não sei como, não sei onde. Preciso-te assim ausente, desaparecido de mim. Despido, nu e cru. Faz-me só amor. Até sempre.
– Faz-me só amor, peço-te. Percorre-me o corpo, adoça-mo. Quero ter-te em mim, sentir-te quente nos meus braços, sentir-te amargo. Percorre-me de ti, apossa-te de mim, do que me resta assim já morta. Toca-me com um dedo, germina-me. Fecha-me os olhos com saliva, prende-me a boca com mar, ata-me os braços de terra e enleia-te nas minhas pernas, transeuntes cansados. Cospe-me a alma, rasga-me o corpo, descobre-me os segredos e desata-me as lágrimas. Cobre-me de cor e diz-me baixinho: até sempre meu amor, até sempre. Olha-me a cantar, degola-me a sorrir. Gasta-me o corpo, mata-mo até ao fim.
– Meu amor, até sempre meu amor. Até sempre…"
– Faz-me só amor, peço-te. Percorre-me o corpo, adoça-mo. Quero ter-te em mim, sentir-te quente nos meus braços, sentir-te amargo. Percorre-me de ti, apossa-te de mim, do que me resta assim já morta. Toca-me com um dedo, germina-me. Fecha-me os olhos com saliva, prende-me a boca com mar, ata-me os braços de terra e enleia-te nas minhas pernas, transeuntes cansados. Cospe-me a alma, rasga-me o corpo, descobre-me os segredos e desata-me as lágrimas. Cobre-me de cor e diz-me baixinho: até sempre meu amor, até sempre. Olha-me a cantar, degola-me a sorrir. Gasta-me o corpo, mata-mo até ao fim.
– Meu amor, até sempre meu amor. Até sempre…"
Até sempre meu amor, Agripina Roxo.
๑۩۞۩๑
Lindíssimo esse poema, que expressa com perfeição, em palavras e imagens, esse turbilhão de sentimentos que me povoam nesse instante...Ah!, como queria fazê-lo tão real!#
domingo, 11 de novembro de 2007
wound
Robert & Shana ParkeHarrison. Wound, 2006, c-print on aluminum
with acrylic, 40 x 40 inches.
with acrylic, 40 x 40 inches.
"Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir - nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.
Não era usando como instrumento nenhum de meus atributos que eu estava atingindo o misterioso fogo manso daquilo que é um plasma - foi exatamente tirando de mim todos os atributos, e indo apenas com minhas entranhas vivas. Para ter chegado a isso, eu abandonava a minha organização humana - para entrar nessa coisa monstruosa que é a minha neutralidade viva.
- Sei, é ruim segurar minha mão. É ruim ficar sem ar nesssa mina desabada para onde eu te trouxe sem piedade por ti, mas por piedade por mim. Mas juro que te tirarei ainda vivo daqui - nem que eu minta o que os meus olhos viram. Eu te salvarei deste terror onde, por enquanto, eu te preciso. Que piedade agora por ti, a quem me agarrei. Deste-me inocentemente a mão, e porque eu a segurava é que tive coragem de me afundar. Mas não procures entender-me, faze-me apenas companhia. Sei que tua mão me largaria se soubesse" (pp. 98-99).
Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir - nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.
Não era usando como instrumento nenhum de meus atributos que eu estava atingindo o misterioso fogo manso daquilo que é um plasma - foi exatamente tirando de mim todos os atributos, e indo apenas com minhas entranhas vivas. Para ter chegado a isso, eu abandonava a minha organização humana - para entrar nessa coisa monstruosa que é a minha neutralidade viva.
- Sei, é ruim segurar minha mão. É ruim ficar sem ar nesssa mina desabada para onde eu te trouxe sem piedade por ti, mas por piedade por mim. Mas juro que te tirarei ainda vivo daqui - nem que eu minta o que os meus olhos viram. Eu te salvarei deste terror onde, por enquanto, eu te preciso. Que piedade agora por ti, a quem me agarrei. Deste-me inocentemente a mão, e porque eu a segurava é que tive coragem de me afundar. Mas não procures entender-me, faze-me apenas companhia. Sei que tua mão me largaria se soubesse" (pp. 98-99).
A Paixão Segundo G.H., Clarice Lispector (1925 - 1977).
sábado, 10 de novembro de 2007
I'm not afraid of anything in this world
There's nothing you can throw at me that I haven't already heard
I'm just trying to find a decent melody
A song that I can sing in my own company
I never thought you were a fool
But darling, look at you
You gotta stand up straight, carry your own weight
These tears are going nowhere, baby
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now you're stuck in a moment
And you can't get out of it
I will not forsake, the colours that you bring
But the nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted by the light you brought to me
I still listen through your ears, and through your eyes I can see
And you are such a fool
To worry like you do
I know it's tough, and you can never get enough
Of what you don't really need now... my oh my
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Oh love look at you now
You've got yourself stuck in a moment and now you can't get out of it
I was unconscious, half asleep
The water is warm till you discover how deep...
I wasn't jumping... for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now
You're stuck in a moment and you can't get out of it
And if the night runs over
And if the day won't last
And if our way should falter
Along the stony pass
And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along the stony pass
It's just a moment
This time will pass
(Stuck In A Moment You Can't Get Out Of - U2)
There's nothing you can throw at me that I haven't already heard
I'm just trying to find a decent melody
A song that I can sing in my own company
I never thought you were a fool
But darling, look at you
You gotta stand up straight, carry your own weight
These tears are going nowhere, baby
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now you're stuck in a moment
And you can't get out of it
I will not forsake, the colours that you bring
But the nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted by the light you brought to me
I still listen through your ears, and through your eyes I can see
And you are such a fool
To worry like you do
I know it's tough, and you can never get enough
Of what you don't really need now... my oh my
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Oh love look at you now
You've got yourself stuck in a moment and now you can't get out of it
I was unconscious, half asleep
The water is warm till you discover how deep...
I wasn't jumping... for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all
You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now
You're stuck in a moment and you can't get out of it
And if the night runs over
And if the day won't last
And if our way should falter
Along the stony pass
And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along the stony pass
It's just a moment
This time will pass
(Stuck In A Moment You Can't Get Out Of - U2)
Antonio Muntadas, Portrait (G), 1995, Silkscreen, 75 ½ x 51 in.
Acabei de acordar. A noite não foi nada fácil. Dormir não foi. Acordar, também não. Como o dia de ontem... Ah, baby, como tudo está sendo difícil! Essa sua indecisão, ausência, silêncio... Medo? Parece uma fuga. Mas não se pode fugir para sempre. Não podemos fugir indefinidamente. Ainda não percebeste isso, querida? E essa dor de cabeça que me atormenta desde ontem? É, a maldita exaqueca não ajuda em nada, apenas aumenta ainda mais a minha angústia.#
terça-feira, 6 de novembro de 2007
É noite. Chove, levemente os pingos d'água tocam o chão, mas mal chegam a molhá-lo... Estou cansado, o dia hoje não foi nada fácil, principalmente porque tive uma crise pesada de enxaqueca. Já em casa, cheguei até a dormir depois de tomar um remédio para a maldita dor. Acho que é efeito dele essa estranha sensação de estar disperso, essa dormência sobre os ombros... Incomoda, mas é bem melhor do que aquilo que eu estava sentido antes. Pensamentos dispersos, tentanto decifrar suas últimas palavras, seu registro. Não nego um pouco de apreensão por tudo, querida. Porei um fim a essa indecisão desmedida. Direi o que penso e espero que faça o mesmo. E que tudo fique bem, certo? É, estou mesmo cansado... Mas ainda tenho de trabalhar um pouco porque amanhã estarei fora. Droga! Não queria fazer isso. Não estou com ânimo nem disposição... Não estou com cabeça para ainda ter de fazer alguma coisa... Devo acordar cedo para apanhar o vôo. E é preciso arrumar a maldita mala! Odeio isso! Ainda bem que não precisarei levar muita coisa, será uma viagem rápida. E na volta... na volta nos veremos.#
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
GRANTA TERÁ EDIÇÃO BRASILEIRA
Marcos Strecker
"É uma ótima notícia para o mundo literário. A mais prestigiosa revista literária britânica, a badalada ‘Granta’, vai ganhar uma edição brasileira a partir de outubro. Quem está trazendo a revista ao Brasil é a editora Objetiva, que está associada desde o ano passado ao selo espanhol Alfaguara -já responsável por uma edição espanhola da publicação, desde 2003.
Roberto Feith, diretor da Objetiva e responsável por trazer o título ao Brasil, diz que a proposta é utilizar até 60% de material original e produzir a diferença com contribuições originais de autores brasileiros.
‘A revista será semestral pelo menos nos dois primeiros anos’, disse Feith. O primeiro número (‘Os Melhores Jovens Escritores Norte Americanos’) será a tradução da ‘Granta’ mais recente, que reuniu 21 nomes (incluindo textos de Jonathan Safran Foer, Nicole Krauss e Uzodinma Iweala), e não terá material brasileiro.
Já o segundo número (abril de 2008) deve se inspirar em três edições da ‘Granta’ original (‘On the Road Again’, nº 94, 2006; ‘Necessary Journeys’, nº 73, 2001 e ‘Wish You Were Here’, nº 91, 2005) e uma edição espanhola (‘Sobre la Marcha’, de janeiro passado).
A ‘Granta’ (que no Reino Unido é trimestral) não publica poemas e raramente inclui resenhas ou ensaios. Segundo Isa Pessoa, editora-chefe da Objetiva, a edição brasileira vai seguir exatamente a mesma linha. A revista só trará textos de ficção ou não-ficção inéditos, além de reportagens fotográficas, uma fórmula que a tornou famosa no mundo inteiro.
Para os responsáveis da edição brasileira, mais do que trazer assuntos locais específicos a idéia é seguir temas que possam agregar vários nomes, e permitir que os brasileiros também possam alcançar a original britânica e as outras edições regionais (já existem edições também na Grécia e Uruguai). Os nomes, segundo Feith e Isa Pessoa, serão escolhidos por critério editorial e pelos temas abordados.
Como a britânica, a edição brasileira terá sempre um mínimo de 256 páginas. Serão 5.000 exemplares (contra uma média de 70 mil distribuídos no Reino Unido e nos EUA), não haverá assinaturas e a distribuição será em livrarias. A princípio não haverá uma equipe própria da revista.
A publicação ficou famosa desde o final dos anos 70 ao lançar regularmente listas de nomes promissores da literatura britânica e americana. Muitas apostas da revista viraram grandes nomes, como Jonathan Franzen e Ian McEwan, só para citar dois.
A revista centenária (foi fundada em 1889 por alunos da Universidade de Cambridge) também está associada ao boom da nova literatura britânica desde os anos 80 e a uma ‘espetacularização’ dos escritores. Além disso, é conhecida pela capacidade de criar ‘modas’ literárias. Um bom exemplo é o termo ‘Dirty Realism’ (realismo sujo), cunhado no número 8 (em 83), que publicou os americanos Raymond Carver, Richard Ford e Michael Herr, entre outros.
As edições, que são temáticas (‘África’, ‘vida no campo’, ‘música’, ‘zonas de guerra’ etc.), muitas vezes acabaram direcionando a crítica literária. O número 10 (‘Viagem’, de 1983) é um dos mais famosos e reuniu García Márquez, Bruce Chatwin, Saul Bellow, James Fenton e Paul Theroux." © 2007 Observatório da Imprensa.
Mais na Bravo! e no Poppycorn. Acesse o site da Granta aqui.#
Marcos Strecker
"É uma ótima notícia para o mundo literário. A mais prestigiosa revista literária britânica, a badalada ‘Granta’, vai ganhar uma edição brasileira a partir de outubro. Quem está trazendo a revista ao Brasil é a editora Objetiva, que está associada desde o ano passado ao selo espanhol Alfaguara -já responsável por uma edição espanhola da publicação, desde 2003.
Roberto Feith, diretor da Objetiva e responsável por trazer o título ao Brasil, diz que a proposta é utilizar até 60% de material original e produzir a diferença com contribuições originais de autores brasileiros.
‘A revista será semestral pelo menos nos dois primeiros anos’, disse Feith. O primeiro número (‘Os Melhores Jovens Escritores Norte Americanos’) será a tradução da ‘Granta’ mais recente, que reuniu 21 nomes (incluindo textos de Jonathan Safran Foer, Nicole Krauss e Uzodinma Iweala), e não terá material brasileiro.
Já o segundo número (abril de 2008) deve se inspirar em três edições da ‘Granta’ original (‘On the Road Again’, nº 94, 2006; ‘Necessary Journeys’, nº 73, 2001 e ‘Wish You Were Here’, nº 91, 2005) e uma edição espanhola (‘Sobre la Marcha’, de janeiro passado).
A ‘Granta’ (que no Reino Unido é trimestral) não publica poemas e raramente inclui resenhas ou ensaios. Segundo Isa Pessoa, editora-chefe da Objetiva, a edição brasileira vai seguir exatamente a mesma linha. A revista só trará textos de ficção ou não-ficção inéditos, além de reportagens fotográficas, uma fórmula que a tornou famosa no mundo inteiro.
Para os responsáveis da edição brasileira, mais do que trazer assuntos locais específicos a idéia é seguir temas que possam agregar vários nomes, e permitir que os brasileiros também possam alcançar a original britânica e as outras edições regionais (já existem edições também na Grécia e Uruguai). Os nomes, segundo Feith e Isa Pessoa, serão escolhidos por critério editorial e pelos temas abordados.
Como a britânica, a edição brasileira terá sempre um mínimo de 256 páginas. Serão 5.000 exemplares (contra uma média de 70 mil distribuídos no Reino Unido e nos EUA), não haverá assinaturas e a distribuição será em livrarias. A princípio não haverá uma equipe própria da revista.
A publicação ficou famosa desde o final dos anos 70 ao lançar regularmente listas de nomes promissores da literatura britânica e americana. Muitas apostas da revista viraram grandes nomes, como Jonathan Franzen e Ian McEwan, só para citar dois.
A revista centenária (foi fundada em 1889 por alunos da Universidade de Cambridge) também está associada ao boom da nova literatura britânica desde os anos 80 e a uma ‘espetacularização’ dos escritores. Além disso, é conhecida pela capacidade de criar ‘modas’ literárias. Um bom exemplo é o termo ‘Dirty Realism’ (realismo sujo), cunhado no número 8 (em 83), que publicou os americanos Raymond Carver, Richard Ford e Michael Herr, entre outros.
As edições, que são temáticas (‘África’, ‘vida no campo’, ‘música’, ‘zonas de guerra’ etc.), muitas vezes acabaram direcionando a crítica literária. O número 10 (‘Viagem’, de 1983) é um dos mais famosos e reuniu García Márquez, Bruce Chatwin, Saul Bellow, James Fenton e Paul Theroux." © 2007 Observatório da Imprensa.
Mais na Bravo! e no Poppycorn. Acesse o site da Granta aqui.#
domingo, 4 de novembro de 2007
Achei interessante essa lista de distopias cinematográficas: Top 50 Dystopian Movies of All Time. Dica do Nemo Nox.#
Marcadores: Cinema
sábado, 3 de novembro de 2007
Photo: David Wojnarowicz. Untitled (face in dirt), 1993, silver print, 28 1/2 x 28 1/2 inches.
Embora já tenha vivenciado esse tipo de instante incontáveis vezes, acho que agora de fato compreendi quando na realidade a madrugada é uma mentira. Nesse intante ela mal começou. Perdurará ainda por horas, horas vivas. Ou mortas. Tudo dependerá do ponto de vista das coisas. Que nos cercam e atormentam. Nos sufocam. Nos tiram e põem na realidade tão infinitas vezes que às vezes nem sabemos quando acabou. Vou dormir, madrugada, mas esta noite, mais do que nunca, sei que tu serás uma mentira. Uma grande e deslavada mentira.#
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Volver.
Na sequência de Faraway, So Close! assisti também Volver (Volver, Espanha, 2006), com direção e roteiro assinado por Pedro Almodóvar. No elenco, Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo, Yohana Cobo e Chus Lampreave. O filme recebeu indicação ao Oscar de Melhor Atriz (2006), pela atuação de Penélope Cruz. Venceu o festival de Cannes (2006) nas categorias Melhor Atriz (Penélope Cruz) e Melhor Roteiro. Foi indicado ao Globo de Ouro (2007) para Melhor Filme de Língua Estrangeira e Melhor Atriz (de novo, Penélope).#
Photo: David Wojnarowicz. "Untitled," [Falling Buffalo], 1988-89. Gelatin-silver print, 27 1/2” x 34 1/2”.
Não sei o que havia de errado ontem à noite, mas a inconsistência estava no ar. A ar; pesado, carregado. Com o quê??? Havia algo oculto pelo seu olhar, desviante...#
Faraway, So Close!
Acabei de assistir, em DVD, Faraway, So Close! (Tão longe, tão Perto [In weiter Ferne, so nah!], Alemanha, 1993), filme dirigido Wim Wenders. A produção foi vencedora do Prêmio do Grande Júri em Cannes de 1993. Com Peter Falk, Horst Buchholz, Nastassja Kinski, Heinz Rühmann, Bruno Ganz, Solveig Dommartin, Rüdiger Vogler e Willem Dafoe. O destaque da trilha sonora é a belíssima Stay, do U2. Aliás, o clipe da música, igualmente dirigido por Wim Wenders, ficou ótimo. O filme é uma continuação de Wings of Desire (Asas do Desejo [Der Himmel über Berlin], Alemanha, 1987). Ia levar esses dois filmes do Wenders para assistir, mas na locaddora este último só estava disponível em VHS... Mais informações no IMDb.